quarta-feira, 12 de abril de 2017

Imunização: Gestação em tempos de Febre Amarela



O ideal é que todas as mulheres sigam corretamente o calendário de vacinação, antes de engravidarem. Assim, já estariam imunizadas contra as principais doenças e passariam uma gestação tranquila e sem riscos.

O calendário consiste em administrar três doses da vacina dT (dupla adulto contra difteria e tétano), com intervalos de dois meses entre as mesmas. Para melhor proteção ao bebê, a terceira dose deve ser aplicada até duas semanas antes do parto.

No calendário de vacinação da gestante, pode ser incluída vacina contra hepatite B, desde que indicada pelo médico ginecologista.
Não há nenhuma evidência de que a administração em gestantes de vacinas de vírus inativados ou de bactérias mortas e de vacinas constituídas por componentes de agentes infecciosos acarrete qualquer risco para o feto (Manual de Vacinação, 2001).

Gestante não vacinada

Esquema básico: consta de três doses, podendo ser adotado um dos seguintes esquemas:

a) as primeiras duas doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) - aplicando-se a primeira o mais precocemente possível - e a terceira, seis meses depois da segunda; caso só haja tempo para aplicação de duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 8).

b) três doses, de dois em dois meses (intervalos mínimos de um mês) - aplicando-se a primeira dose o mais precocemente possível; caso só haja tempo para aplicar duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 4). Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país.

Gestante com o calendário em dia

Esquema básico: Se nunca foi vacinada ou se a história vacinal for desconhecida ou não-conclusiva, aplicar três doses da vacina dupla dT, começando na primeira consulta do pré-natal. Pode ser adotado um dos dois seguintes esquemas: a) três doses aplicadas com intervalo de dois meses, mínimo de um mês, entre a primeira e a segunda doses, e de seis meses entre a segunda e a terceira (esquema 0, 2, 8); b) três doses aplicadas com intervalos de dois meses, mínimo de um mês, (esquema 0, 2, 4). Nota: Se não for possível aplicar as três doses durante a gestação, a segunda deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto. O esquema de três doses, neste caso, deverá ser complementado posteriormente.

Reforços: de dez em dez anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer nova gravidez cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. A dose de reforço deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto.

Vacinas proibidas durante a gestação
Existem vacinas que são proibidas durante a gravidez, como a da febre amarela. O médico pode recomendar essa imunização somente para mulheres que residem em áreas endêmicas. Vacina contra a rubéola, caxumba, catapora, tuberculose, sarampo, HPV, rotavírus e varíola também não devem ser tomadas na gravidez.

No pós-parto, a mulher pode receber algumas vacinas e, nesse caso, os anticorpos chegam ao bebê por meio da amamentação. São elas: hepatite B, tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), varicela HPV, hepatite A e meningocócita conjugada.

Converse com seu obstetra e tire todas as dúvidas sobre as vacinas e quais podem ser tomadas durante a gestação.


Nenhum comentário:

Postar um comentário