Se esquivando do frio, alguns moradores de rua encontram um alento no cobertor sujo ou em papelões e jornais, que servem como protetores térmicos. O sofrimento dessa “comunidade” pode aumentar mais ainda, já que as noites permanecerão frias. Mulheres, homens, idosos e crianças sobrevivem da solidariedade de grupos que pelo menos duas vezes na semana passam pelas ruas da cidade oferecendo um lanche ou até uma sopa quentinha. Nem todo mundo possui cobertor e o frio está cada vez mais intenso. Alguns se achegam somente pelo alimento.
Diferente dos idosos, os mais jovens são atraídos pelo tráfico de droga que “rola” em alguns pontos. Arredios, eles se unem para praticar pequenos delitos para adquirir a droga, na maioria das vezes crack e maconha, o que também “esquenta” o frio das noites.
Levantamento feito no ano passado pelo Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Unesco, indicou que há no Brasil 31.992 pessoas com 18 anos ou mais em situação de rua. Do total de entrevistados, 72% trabalham em coleta de materiais recicláveis, na construção civil, como flanelinhas ou auxiliares de limpeza.
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